- Sanduíche de Costela Bovina Desfiada
- Arroz com frutos do mar
- Namorado ao molho de uísque
- Panetone tradicional gostoso
- Pudim de leite condensado a la Werley
- Bolinho de bacalhau especial
- Torta de limão com cream chease
- Trufas de chocolate com morangos
ESPECIAL: 16 RECEITAS COM O TOQUE DO GENGIBRE
Palavras do Cheff:
Muitas
vezes, o aroma e o paladar de algumas receitas que preparamos ou experimentamos
nos fazem relembrar momentos inesquecíveis. São lembranças e recordações que
podem se transformar em histórias fascinantes. Por isso, dedico todas as
receitas deste aqueles que sentem prazer em comer bem...
Se, para
muitas mulheres, a cozinha é o símbolo máximo da opressão, na minha vida, a
cozinha é o símbolo do prazer, da alegria de receber amigos, de
transformar, de criar, de ser feliz com o que há de mais simples e prosaico: o
ato de preparar uma comida.
Desde menino
aprendi a lidar com a cozinha embora não soubesse. Sempre estive às voltas com
as panelas e, por absoluta necessidade, assumi muito cedo a responsabilidade de
alimentar meus irmãos menores e a mim mesmo. Esse início que parece traumático
deu-me a exata noção de que, primeiro, precisava aprender e, segundo, não era
nenhum sacrifício fazê-lo.
Não sei se
aprendi, mas sempre encarei com prazer a tarefa de ir à cozinha. Houve um tempo
em que morava com amigos do trabalho, sempre escolhia cozinhar, na divisão dos
afazeres domésticos. Tempos depois aprendi com a cozinheira de um restaurante
que gerenciava, alguns truques culinários, pois em sua concepção, o que eu
sabia fazer bem na cozinha era atrapalhar. Teve a paciência amorosa de ser
professora (dona Yolanda), ser cobaia e finalmente se surpreender com o
discípulo que superou o mestre.
Gosto muito
de cozinhar. Gosto da sensação de escolher ingredientes, combinar temperos,
molhos, organizar os acompanhamentos, os detalhes na hora de servir. O ato de
cozinhar tem sido um prazer único, por vezes egoisticamente saboreado. Durante
a semana, quando não tenho compromisso à noite, esforço-me para chegar a tempo
de fazer o jantar. Apesar de cansado, preparar a minha comida tem sido um
momento de relaxar, de esvaziar a mente das preocupações, refletir sobre
questões que aparecem sem a necessidade de estruturar idéias ou elaborar
diálogos.
Medito
enquanto cozinho. Respiro, imagino o prazer de estar alimentando a fome física
e mental, minha, dos meus e da minha presença em casa. Amorosamente organizo
meu ritual: defino o cardápio, separo os utensílios, escolho os ingredientes e
envolvo-me na aventura de sabores e aromas, uma festa para todos os sentidos.
Quase sempre alguém
aparece, querendo saber “o que está cheirando aí”. Respondo que é surpresa, que
aguarde, e despacho o curioso, lembrando-o que dentro em pouco, o prato estará
à mesa, pronto para ser devorado. Saboreio o prazer da comida recém-saída da
panela, fumaça perfumada produzindo saliva, antecipando o prazer da degustação.
Penso também em quantas mulheres ou homens experimentam esta alegria realizando
uma tarefa tão banal. Sim, porque quando assumo em público que gosto de
cozinhar as reações são as mais variadas: uns não acreditam e acham que estou
fazendo tipo, outros revelam surpresa e outros, ainda, reprovam pelo simples
fato de ser homem.
Para muitas, não
sou um homem do meu tempo, pois consideram que a modernidade combina apenas com
“fast food”, com um bom cozinheiro de forno, fogão e congelados, ou com uma
variedade de restaurantes, cada um mais impessoal que outro. Nada contra ao que
é prático e necessário no dia-a-dia, mas estou falando do meu sentimento em
relação a tudo isso, no que realmente gosto e acredito.
Um capitulo
a parte nas minhas aventuras gastronômicas são os livros. Adoro livros que
tratem do tema e de quebra tragam algumas receitas. Muitas são verdadeiras
delicias literárias, crônicas do cotidiano de quem gosta de experimentar,
aventurar-se, de comer e de cozinhar. Adoro os da cozinha tradicional dos
lugares por onde ando, pois eles nos ensinam a conhecer as pessoas, como pensam
e sentem através do que comem. Também tenho amigas que gostam de cozinhar e sempre
que possível, trocamos receitas, sugestões, bibliografias e truques culinários.
Gosto também de
filmes, não necessariamente com intenções e temática de culinária, mas com
cenas antológicas do “fazer comida”. Alguns como “A festa de Babete”, “Gabriela
Cravo e Canela”, “Sabor da Paixão”, “Chocolate” e o meu favorito dentre eles,
“Como Água Para Chocolate”. Penso na delícia que é estabelecer a relação entre
o ato de comer e amar e de como, fisiologicamente, se associam. Ambos são atos
de satisfação, de amor, de proporcionar e se dar prazer.
Voltando ao
meu universo de “aprendiz de cozinheiro”, nem sempre posso proporcionar-me este
prazer e nem também posso assegurar que, se fosse uma tarefa rotineira, o ato
de cozinhar seria ainda considerado “um prazer” ou mais uma tarefa cansativa,
como quase tudo que se torna obrigatório. Na realidade, presente em mim a
sensação que fica quando os meus se deliciam com uma comida feita por mim, com
prazer, com amor e carinho é de que eles tomam posse de parte da minha alma.
Para isso,
gostaria de dividir algumas receitas nesse site com vocês...
Navegue a
vontade e experimente as receitas que postei aqui...
Bom Apetite
!!!
Por: Cheff
Werley Fernandes
Valeu , obrigada pelo apoio...
ResponderExcluirAdorei blog, excelente qualidade e objetivo..
Parabéns!!!