quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

19 coisas na Alemanha que são ‘estranhas’ para os brasileiros

Este post não tem a finalidade de ser preconceituoso com os hábitos alemães, pelo contrário! São evidências de um olhar brasileiro que se adaptou muito bem com tudo isso e hoje já faz muito disso também :) É apenas um apontamento para as mentes brasileiras curiosas em relação a cultura alemã, muito diferente da nossa. Ele também tem a intenção de desconstruir alguns estereótipos que nós, brasileiros, trazemos conosco.
1- Ciclovias por toda parte
Embora Berlim ainda tenha um sistema cicloviário bastante falho, a cidade oferece muitos km's de ciclovia, o que facilita muito e dá uma ‘chocada’ no brasileiro recém-chegado, pois é possível se locomover de bicicleta pela cidade toda, o verão inteiro. Isso nada mais é do que uma outra forma de transporte que está sendo implementada na cidade de São Paulo agora e que pre-ci-sa deixar de ser vista como somente 'lazer'.

2- Assoar o nariz publicamente
Assoar no nariz em público e bem alto é algo que no começo nos choca. Mas com a calefação ligada, o nariz seca muito e escorre muito também. Andar de bicicleta no vento também causa isso. Portanto, não fique tão intrigado com alguém assoando o nariz bem alto perto de você, pois é normal e lembre-se que você também vai acabar fazendo numa boa, inclusive à mesa.

3- ‘Farofa’ nos parques
A razão é uma só: parques são públicos e para as pessoas. É é normal a tal ‘farofada’ nos parques: churrasco, piquenique, frango assado, porco no rolete (esse eu vi, certa vez, no Görlizer Park)… é possível ver de tudo nos parques berlineneses. E isso não significa ser “pobre e sem classe”. Esse ideal de ‘finesse’, muito comum no Brasil, não tem vez aqui. Portanto, linguiças na grelha, no parque, é normal e uma delícia!

Churrascos no parque: farofada muito bem-vinda nos finais de semana.
4- Pelados no parque
Em alguns parques de Berlim as pessoas ficam peladas. Nos lagos, também. A FKK (Freikörperkultur ou a cultura do corpo livre) é um resquício da DDR (a parte oriental de quando a Alemanha era dividida) e que se estende até hoje. É maravilhoso poder se libertar das roupas sem ser julgado, acredite! E eles acham muito estranho que brasileiros achem isso estranho, afinal, somos o “povo mais liberal do mundo”, certo? - Errado. Na realidade somos bem caretas. Se por um lado somos um povo extremamente sexual, por outro, somos bem problemáticos com a nudez. Isso sim é estranho.

5- Estações do ano bem definidas
A primavera é muito colorida, cheia de flores; o verão tem sol de 38° e super abafado (somente alguns dias, mas tem também); outono com árvores hoje vermelhas, amanhã amarelas e depois de amanhã, já peladas; inverno é cinza e fica o dia todo escuro e também branco quando neva. Muito frio mesmo. Aquela sua jaquetinha do inverno brasileiro não funciona no inverno daqui. Esquece.
6- Berlim e sua moda única
Em Berlim não tem moda. No verão a moda é usar pouca roupa, mesmo mostrando a ‘popinha’ da bunda. Isso é ok e não sifnifica que as mulheres querem ser estupradas (ok homens?). No inverno, a moda é não passar frio. Tanto faz o que você coloque, mas proteja-se do frio, pois ficar doente rapidamente é uma realidade e o efeito ‘cebola’, também. Na primavera e no outono, a gente usa aquela jaquetinha do inverno brasileiro e tá tudo certo. No Brasil, tentamos estar o mais na moda possível, e acompanhamos à risca as 'dicas de moda' da novela das nove. Besteira. ¬¬

7- Cabelos e tatuagens em qualquer lugar, para qualquer um
Você define o cabelo da (sua) moda, de acordo com seu estado de espírito: roxo, amarelo, azul, raspado ou de 3 cores. Tanto faz. Até mesmo os funcionários do supermercados podem usar qualquer cabelo e ter muitas tatuagens, pois isso não define o seu profissionalismo e sua competência. E isso é algo muito estranho no Brasil - que pena.

8- Ir trabalhar tomando uma cerveja
No trem, no metrô, na rua. Muita gente vai trabalhar já tomando uma ‘loira’. Isso não quer dizer que seja liberado trabalhar depois de algumas cervejas, mas muita gente faz. Tem gente que não consegue acordar e tomar uma cerveja. Alemães, conseguem.

9- Fazer xixi sentado
Em todos os lugares que não têm o tal do ‘mictório masculino’ e somente privadas, homens fazem xixi sentados. E isso é maravilhoso, pois as mulheres podem compartilhar os banheiros masculinos sem se preocupar com a privada toda espirrada (eca). Aliás, na maioria dos clubes não tem essa separação de 'banheiro masculino ou feminino'.

Homens fazem xixi sentados e eles não são menos homens por isso.
10- O transporte público pontual
Embora em Berlim existam alguns atrasos esporádicos, eles não passam de alguns minutos. Os leitores nos pontos de ônibus e estações de metrô avisam quando o trem ou o bus vêm vindo e lá estão eles. E por isso o aplicativo Öffi é uma coisa indispensável de se ter na cidade. Portanto, aquela desculpa de “o ônibus demorou” pro seu chefe, aqui, não cola.

11- Transporte sem catraca
Não tem catracas. Mas isso não quer dizer que seja de graça. O transporte público de Berlim é incrível e pra continuar assim, precisa ser pago. Compre seu bilhete antes, nas maquininhas, valide-o e pronto. No inverno, a dica é comprar o Monatskarte (o cartão mensal). Vale muito mais a pena e lembre-se de que a multa para quem for pego sem o bilhete é bem pesada!

12- Garagens, porteiros, empregadas domésticas: não tem
Os carros ficam na rua mesmo, ‘no tempo’, pois os apartamentos não têm garagens. Portanto, dispute seu lugar na rua e fique feliz se encontrar um. E nada de portaria 24hs! Aqui você faz tudo: abre a porta para os seus amigos (caso o interfone não esteja funcionando), você limpa sua casa e lava sua roupa. Todo mundo faz tudo. A não ser que queira pagar (bem caro) pelas diaristas.

13- Tirar o sapatos
Sim, faça isso nas casas dos alemães. É um dos maiores problemas para os brasileiros, que têm preguiça de tirar os sapatos. Isso evita que sujeiras da rua entrem no seu lar (cuspes alheios, xixi e cocô de cachorro, muitos milhões de bactérias, entre outros - eca!).

14- Móveis nas ruas e as ‘freebox’
Nas ruas existem móveis bons para doação. Se você vir um sofázinho ou mesa interessantes, dê aquela boa limpada neles, desinfete-os com vinagre (vinagre is the new black!) e mande ver! Dá pra equipar uma casa só com coisas da rua.

- As Freebox são estantes ou caixas de papelão que geralmente ficam no hall de entrada dos prédios, onde os moradores colocam lá coisas que não precisam ou não querem mais: copos, roupas, livros, eletrodomésticos, DVD’s, brinquedos, utensílios para casa, comida, etc. No período do Natal muita gente coloca nas freebox comidas como ovos, tomates, pão, pois eles saem da cidade e não querem que isso tudo estrague na geladeira. Uma maravilha as freebox.

Móveis interessantes pelas ruas: procure que você acha"
15- Ladrões preferem bicicletas a carros
Alemães preferem as bikes, pois custam menos, não poluem e com elas você chega muito mais rápido em todos os lugares. Os ladrões também: eles preferem roubar bicicletas do que carros, pois - acredite -tem mais ‘mercado’.

16- Cachorros são como pessoas
Nada de criar cachorro pra ‘proteger sua casa’. Eles é que são protegidos pela lei. Tente maltratar seu cachorro e será denunciado e preso. Eles também são muito educados e simpáticos com todos, pois são criados sem maus tratos e para conviver com os humanos. <3 Inclusive são bem-vindos no metrô, nos bares e em alguns restaurantes também.

17- Ano letivo começa em agosto
Sim, no verão. Não existe “primeiro e segundo semestre”, mas sim “semestre de inverno e de verão”. Estranho para nós, mas a gente se acostuma.

18- Numeração das casas nas ruas
No Brasil temos lado par e lado ímpar e os números das casas seguem um esquema de metragem. Na Alemanha, os números são feitos em sequência (1, 2, 3…) e muitas ruas seguem o esquema “vai-e-volta”: começa pelo 1 e vai até o final da rua; chegando na última casa você atravessa a rua e a numeração continua de lá, voltando a rua. Então, em frente ao número 1 está o último número da rua, o 47, por exemplo.

Mas você também irá encontrar coisas muito desconexas como: "14a", "32/II", entre outros. Mas algumas ruas têm a numeração considerada ‘normal’. Muito estranho e não tem jeito: você vai ter que procurar pela casa.

19- Fazer o número 3
Aqui se conta os números começando pelo polegar, indicador e o dedo médio. O número 4 é o mais difícil para nós, brasileiros. Parece que nossas mãos não nasceram pra isso.

Tem muito mais ‘estranhices’ alemãs que poderiam entrar nessa lista. E vivenciar todas elas é algo muito interessante, pois faz parte do pacote de “adaptação/integração” no país. Viva cada uma delas com a cabeça e o coração abertos! Comente a sua estranhice preferida aqui embaixo!

Algo muito difícil para os brasileiros.

Fontes: rindodemimcomigo.blogspot

pelosnossosolhos.wordpress.com

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